Rotatividade e qualidade do emprego no Brasil

v. 18 n. 1 (1998)

Jan-Mar / 1998
Publicado em janeiro 1, 1998
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Como Citar

Gonzaga, Gustavo. 1998. “Rotatividade E Qualidade Do Emprego No Brasil”. Brazilian Journal of Political Economy 18 (1):121-43. https://doi.org/10.1590/0101-31571998-1253.

Rotatividade e qualidade do emprego no Brasil

Gustavo Gonzaga
Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio, Rio de Janeiro/RJ, Brasil.
Brazilian Journal of Political Economy, v. 18 n. 1 (1998), Jan-Mar / 1998, Pages 121-143

Resumo

Vários estudos recentes mostraram que o principal problema do mercado brasileiro
parece ser o baixo nível de qualidade do emprego, e não a falta de criação de empregos. Este
artigo reúne novas evidências sobre esse tema, principalmente sobre rotatividade de mão-
-de-obra. De fato, o Brasil apresenta a maior rotatividade de mão-de-obra do mundo por
medidas comparáveis. O artigo também estuda como uma alta rotatividade de mão-de-obra
pode explicar parcialmente a baixa qualidade dos empregos observados no Brasil. O argumento
teórico é que a produtividade do trabalho depende essencialmente do nível de capital
humano, seja geral – através da educação básica – ou específico – através de treinamento no
trabalho. Como uma alta rotatividade de mão de obra desestimula o investimento em treinamento,
reduz o capital humano específico e, portanto, a produtividade do trabalho. Por fim,
são propostas algumas mudanças na legislação do mercado de trabalho, com o objetivo de
reduzir a rotatividade e aumentar a qualidade do trabalho.

Classificação JEL: J63; J24.


Palavras-chave: Rotatividade do trabalho capital humano produtividade