Booms de Financeirização com Doença Holandesa e Ciclos Externos em Países Desenvolvidos

v. 37 n. 3 (2017)

Jul-Set / 2017
Publicado em fevereiro 26, 2020
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Como Citar

Botta, Alberto. 2017. “Booms De Financeirização Com Doença Holandesa E Ciclos Externos Em Países Desenvolvidos”. Brazilian Journal of Political Economy 37 (3):459-77. https://doi.org/10.1590/0101-31572017v37n03a01.

Booms de Financeirização com Doença Holandesa e Ciclos Externos em Países Desenvolvidos

Alberto Botta
Department of International Business and Economics, University of Greenwich.
Brazilian Journal of Political Economy, v. 37 n. 3 (2017), Jul-Set / 2017, Pages 459-477

Resumo

Neste artigo nós investigamos a dinâmica de médio a longo prazo que emerge do fenômeno da doença holandesa com financeirização. Nos inspiramos no caso mais recente do padrão de desenvolvimento da Colômbia. A doença holandesa pura causa desindustrialização, em primeiro lugar, ao apreciar permanentemente a taxa de câmbio no longo prazo. A financeirização neste caso, isto é, os maiores influxos de capital em um cenário de excesso de otimismo financeiro puxado pela existência de recursos naturais, leva no médio prazo a uma maior volatilidade na taxa de câmbio e à instabilidade macroeconômica. Este processo prejudica ainda mais o desenvolvimento do setor manufatureiro ao aumentar a incerteza na economia. A recomendação é, portanto, pela adoção do controle de capitais e por uma política monetária desenvolvimentista a fim de confrontar os fenômenos da financeirização e da doença holandesa.

Classificação JEL: F32; O14; O24.


Palavras-chave: Doença holandesa financeirização volatilidade cambial política monetária desenvolvimentista.