Financeirização, agências de rating e “policy space”: a experiência brasileira
Resumo
O artigo examina as restrições impostas pela financeirização sobre o “policy
space” doméstico, em especial de economias emergentes, à luz da atuação das agências de
rating. A hipótese de trabalho é que essas agências, em sua interação com governos, atuam
para reduzir o “policy space” a partir da posição que ocupam no sistema financeiro internacional.
Nesse sentido, tanto através da atribuição de ratings soberanos quanto no plano
discursivo, elas operam em prol da implementação de uma agenda de interesse do mercado
financeiro. A metodologia do artigo consiste no estudo de caso do Brasil, com base nos
ratings e relatórios emitidos por S&P Global, Moody’s e Fitch Ratings sobre o país, que
evidenciam que tais agências dispõem de um variado repertório para promover a agenda
ortodoxa neoliberal no processo político e econômico nacional.
Classificação JEL: F62; F65; Y80.
Palavras-chave: Financeirização “policy space” agências de rating Brasil