Moeda endógena e passividade bancária: uma análise crítica da abordagem “horizontalista” e da “teoria do circuito monetário”
Resumo
O objetivo deste artigo é apresentar uma análise crítica das abordagens pós-keynesianas
que apoiam a tese de uma endogeneidade extrema da criação de dinheiro. Nem os
horizontalistas nem os teóricos do circuito monetário dão atenção especial aos aspectos
dual e dialético dos bancos, instituições orientadas para o lucro, responsáveis pela criação
de dinheiro e pela intermediação financeira. Devido a esses aspectos, a concorrência bancária
é o núcleo da instabilidade financeira e da dinâmica do crédito. Tendo como objetivo
principal a competição por lucros, os bancos agem prociclicamente ajudando a ampliar a
instabilidade da economia capitalista e a estimular atividades de especulação financeira em
vez de investimentos industriais, fonte de riqueza e reprodução material nas economias capitalistas.
Classificação JEL: E44; E51; G21; E12.
Palavras-chave: Pós-keynesianismo economia monetária bancos emissão monetária competição bancária