Quase estagnação no Brasil e o novo desenvolvimentismo

v. 42 n. 2 (2022)

Abr-Jun / 2022
Publicado em maio 5, 2022
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Como Citar

Bresser-Pereira, Luiz Carlos. 2022. “Quase estagnação No Brasil E O Novo Desenvolvimentismo”. Brazilian Journal of Political Economy 42 (2):503-31. https://doi.org/10.1590/0101-31572022-3328.

Quase estagnação no Brasil e o novo desenvolvimentismo

Luiz Carlos Bresser-Pereira
Professor Emérito da Fundação Getulio Vargas, Sã Paulo-SP, Brasil.
Brazilian Journal of Political Economy, v. 42 n. 2 (2022), Abr-Jun / 2022, Pages 503-531

Resumo

A partir da década de 1980, o Brasil ficou quase estagnado, enquanto o Leste
da Ásia continuou a crescer. O que deu errado? Os desenvolvimentistas clássicos e os pós-
-keynesianos argumentam que a causa foi o abandono do projeto nacional-desenvolvimentista.
O novo desenvolvimentismo concorda e propõe que dois fatos históricos reduziram
os investimentos: nos anos 1980, a crise fiscal do estado definida por poupança pública
negativa e a queda do investimento público. O investimento privado também caiu – por
uma ação e uma omissão. A ação foi a adoção equivocada da política de crescimento com
endividamento externo (“poupança externa”) e o resultante aumento dos influxos de capital.
A omissão foi a suspensão da neutralização da doença holandesa. Ambos resultaram
em sobrevalorização da taxa de câmbio no longo prazo e interromperam a industrialização.

Classificação JEL: O1; E2; F31; F34; F41.


Palavras-chave: Investimento público investimento privado taxa de câmbio endividamento externo doença holandesa