Rigidez salarial e desemprego: um comentário sobre Kohn

v. 12 n. 2 (1992)

Apr-Jun / 1992
Publicado em abril 1, 1992
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Como Citar

Amadeo, Edward J., e Amitava Khrishna Dutt. 1992. “Rigidez Salarial E Desemprego: Um comentário Sobre Kohn”. Brazilian Journal of Political Economy 12 (2):287-95. https://doi.org/10.1590/0101-31571992-0663.

Rigidez salarial e desemprego: um comentário sobre Kohn

Edward J. Amadeo
Da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Rio de Janeiro/RJ, Brasil.
Amitava Khrishna Dutt
Da University of Notre Dame, Notre Dame/IN, Estados Unidos.
Brazilian Journal of Political Economy, v. 12 n. 2 (1992), Apr-Jun / 1992, Pages 287-295

Resumo

Este trabalhoexamina os modelos de fundos emprestáveis com uma taxa de juros estabilizada, na qual o sistema bancário preenche o hiato entre o fluxo de demanda e a provisão de fundos. Um típico modelo Mickseliano é desemvolvido para ressaltar a importância do crédito e inflação (deflação) em fechar o intervalo entre poupança e investimento. Substituindo a taxa nominal de juros pela qual - uma modificação apropriada num modelo cuja inflação é relevante - e usando a definição de renda Robertsoniana, percebemos que, dependendo da reação da 'carência' (lacking) e investimento à inflação, existe a possibilidade do sitema se tornar instável. Introduzindo desemprego no sistema percebemos que o investimento é mais sensível do que a carência à inflação, quanto maior o grau de flexibilidade salarial, maior será o nível de equilíbrio de desemprego, em face do choque de demanda, e maiores as chances de instabilidade macroeconômica. Finalmente demonstramos que se substituirmos a definição de renda Robertsoniana pela Keynesiana, o investimento se torna mais sensível à inflação, tornando a rigidez salarial, necessariamente, um bom negócio.

Classificação JEL: E12; E24.


Palavras-chave: Rigidez de salários desemprego equilíbrio macroeconômico